Arquivo de Comportamento - Futurotopia https://futuroterapia.com/category/sociedade/comportamento/ Ferramentas Digitais e Inteligências Artificiais Thu, 24 Feb 2022 21:45:54 +0000 pt-BR hourly 1 https://futuroterapia.com/wp-content/uploads/2021/05/2-1-150x150.png Arquivo de Comportamento - Futurotopia https://futuroterapia.com/category/sociedade/comportamento/ 32 32 Transhumanismo: Os “Contrapontos entre a Tecnologia e a Espiritualidade” https://futuroterapia.com/transhumanismo-os-contrapontos-entre-a-tecnologia-e-a-espiritualidade/ https://futuroterapia.com/transhumanismo-os-contrapontos-entre-a-tecnologia-e-a-espiritualidade/#respond Thu, 24 Feb 2022 18:08:24 +0000 https://futuroterapia.com/?p=138452 Publicado também no Correio Brasiliense O extraordinário pianista brasileiro João Ventura causa imensa surpresa e euforia no público que o assiste em diferentes teatros e casas de espetáculo portuguesas, onde vive há 5 anos e seu trabalho é um excelente paralelo acerca da discussão sobre transhumanismo. João que se tornou um querido amigo, tem formação [...]

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Publicado também no Correio Brasiliense

O extraordinário pianista brasileiro João Ventura causa imensa surpresa e euforia no público que o assiste em diferentes teatros e casas de espetáculo portuguesas, onde vive há 5 anos e seu trabalho é um excelente paralelo acerca da discussão sobre transhumanismo. João que se tornou um querido amigo, tem formação técnica, clássica de piano (erudita mesmo) e ao mesmo tempo carrega no DNA o poder criativo e popular dos nordestinos, particularmente de minhas raízes sergipanas, cuja arte de viver é temperada por uma alegria irreverente, executada com muita precisão. O resultado de sua ousadia chama-se: “Contraponto”, nome dado ao estilo por ele desenvolvido que mistura a sonoridade de dois ou mais estilos diferentes, de forma harmoniosa e inimaginável.

Quebrando o paradigma da dicotomia, João consegue arrancar aplausos demorados e de pé, das plateias que reconhecem o resultado de sua genialidade ao executar por exemplo, a mescla da música “Insensatez”, de Tom Jobim com a “Sonata ao Luar”, de Beethoven. Ajustes melódicos e harmônicos também misturam “Garçom” de Reginaldo Rossi e “O Vôo do Besouro” de Rimsky-Korsakov, “Espumas ao Vento de Accioly Neto e “Libertango” de Astor Piazzolla, entre muitas outras deliciosas antropofagias criativas de sua Obra. Em 2018, acompanhou Madonna em sua apresentação no MET GALA de Nova York e misturaram: ‘Like A Prayer’, ‘Beautiful Game’ e ‘Hallelujah’.

Assista:


Transhumanismo

Este exemplo da Obra de João Ventura serve para mergulharmos mais fundo no oceano das aparentes contradições do transhumanismo. Na busca da transcendência espiritual e na transcendência tecnológica prometida pelos Transhumanistas, quais são os Contrapontos?
No dia 28 de Agosto de 2020 o bilionário sul-africano, Elon Musk, considerado o quarto ser humano mais rico do mundo, controlador da Tesla (automóveis autônomos e elétricos), da StarLink (que promete cobertura de satélites para prover a humanidade de uma internet orbital acessível à todos) e de diversas outras empresas como a Neuralink (interface homem-máquina), apresentou sua solução de um Chip Cerebral demonstrado numa porca implantada há dois meses. Com ar de normalidade e até em clima de piada, suas afirmações são assustadoras. Musk disse que o implante proposto por ele para o cérebro de todos nós, é uma escolha e não uma obrigação, mas, afirma, será a única forma da humanidade não sucumbir diante dos avanços da Inteligência Artificial, mas sim alavancar o transhumanismo:

A simbiose com a Inteligência Artificial (IA) é importante para se viver na nova “escalada civilizatória”.

Musk, Elon

Segundo ele, no caso de uma IA Benigna predominar na humanidade, a opção de um Implante de Interface Cérebro-Máquina, “permitirá prosseguir com “o passeio” em direção a fusão com a IA”. Em outras palavras, a edificação do transhumanismo. Depois de atender os motivos mais imediatos dos problemas cerebrais (doenças), ele prossegue, “ poderá se concentrar na mitigação do risco, da ameaça existencial da espécie humana por conta do domínio da IA evitando um imenso poço (abismo) de distância entre a capacidade humana e das máquinas”.

Transhumanismo: Computação Quântica

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As empresas, IBM, Google, Microsoft, Intel e outras concorrentes, disputam a corrida da Computação Quântica acerca do trasnhumanismo. A Google, embora contestada pelos competidores, anunciou ter alcançado, a “Supremacia Quântica” em 2019, ao atingir um processamento de 54 qubits com seu “Sycamore” que fez em 200 segundos um cálculo que levaria 10 mil anos para ser realizado pelo mais potente dos computadores binários existentes.

A IBM em Agosto de 2020, anunciou ter alcançado 32 qubits. Mas afinal o que muda entre a computação convencional e a computação quântica? Trata-se do padrão de processamento. Enquanto a primeira é baseada no processamento binário “0” e “1”, a segunda vale-se do entrelaçamento quântico em que o processamento se dá de forma simultânea entre “0” e “1”.

Imagine que eu escrevo em um pedaço de papel, a seguinte frase: “Acesse gilbertonamastech nas redes sociais” e coloque este papel na página 180 de um livro de 300 páginas. Um supercomputador binário, em alta velocidade, rastrearia página por página e diria onde a frase estaria guardada. Um Computador quântico instantaneamente faria a leitura simultânea de todas as páginas e diria: Página 180. Esta capacidade de processamento quântico tornou-se assunto de segurança nacional na maioria dos países, uma vez que nenhuma criptografia, incluindo as mais complexas, resistiriam e seriam imediatamente quebradas, o que inclui riscos militares, vazamento de informações estratégicas, financeiras etc. A criptografia quântica é urgente e seu desenvolvimento corre lado a lado com os avanços desta nova forma de “parir” os Algoritimos do Mundo e transformar radicalmente tudo o que vemos ao nosso redor, inclusive a Informática.

Transhumanismo: A Simultaneidade Quântica da Espiritualidade

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Sai Baba, um líder espiritual nascido na Índia em 1926 e falecido em 2011, ano que foi listado como um dos 100 maiores líderes espirituais da humanidade, manifestava dons de materialização de objetos e era conhecido por sua profunda sabedoria, cultura de paz, caridade, compaixão, generosidade e amor universal, com devotos em mais de 170 países.

Entre seus seguidores, acontecia algo inexplicável do ponto de vista científico: quando Sua Santidade recebia os peregrinos nos Centros de Meditação (Ashrams) que mantinha em todo o país, era muito comum que os visitantes levassem consigo diversos envelopes contendo cartas próprias, de parentes e amigos, com perguntas e pedidos diversos. Ao receber os envelopes (há vídeos mostrando estas cenas), imediatamente eram respondidas as dúvidas e atendidas as súplicas por curas. Milhares de depoimentos comprovam essa crença.

Este poder de compreender simultaneamente, sem ler as centenas de indagações e lhes responder mentalmente as perguntas formuladas, transcendendo a lógica linear e as distâncias, não demonstra que a busca tecnológica pela simultaneidade quântica é reflexo de uma capacidade natural da Vida?

Que o entrelaçamento quântico ao invés da vertente utilitarista dos modelos tecnológicos pode ser estudado com mais profundidade para a potencialização da Consciência Humana sobre a natureza transcendente comum à todos? Fritjof Capra, Humberto Maturana e Francisco Varela são cientistas que ousaram pesquisar estas e outras vertentes e nos revelaram possibilidades incríveis sobre as quais as pesquisas acadêmicas e os líderes tecnológicos ainda não se debruçaram sobre o transhumanismo.

Transhumanismo: Chico Xavier submetido a prova da Inteligência Artificial



Francisco Cândido Xavier, foi uma das maiores personalidades espirituais, que o mundo já conheceu. O Médium mineiro nascido na cidade de Pedro Leopoldo em 1910 e falecido em Uberaba no ano de 2002, foi vendedor, tecelão e datilógrafo. Filho de pais analfabetos, tinha apenas o ensino primário mas escreveu aproximadamente 500 obras e 10.000 cartas, cujos conteúdos, foram transcritos através do seu dom mediúnico da “psicografia”. A erudição de sua escrita, a abordagem minuciosa de histórias seculares, as mensagens de conforto aos familiares narradas por seus entes queridos no “além”, a profundidade do seu amor e a reprodução exata do estilo literário de alguns escritores famosos, intrigam até hoje a Ciência.

No ano de 2017, Chico Xavier passou por uma prova de fogo, suas obras, narradas pelos Espíritos de Emanuel (seu Mentor), André Luis e Humberto de Campos foram submetidos ao crivo da Inteligência Artificial que em resumo, analisou os estilos literários dos “autores espirituais”. Após submeter 3 obras de cada um à rede neural de um sistema de aprendizagem profunda (deep learning) dos computadores da empresa Stilingue, dedicada a análise de textos na internet. O objetivo era identificar se de fato, havia distinção nos padrões literários que pudesse ser comprovada, ou seja, se no final da análise havia um padrão, um estilo único. O dom mediúnico empregado, poderia ser naturalmente questionado acerca de sua veracidade.

Esta mesma técnica foi utilizada pela Inteligência Artificial para recriar textos do dramaturgo inglês, Sheakespeare após milhões de dados identificados, comparados e textos reproduzidos com suas características mais fiéis. Neste teste com as obras de Chico Xavier, 3 bots (robôs), foram utilizados para aprender sobre cada autor, recriando textos deles no padrão aprendido. Em seguida, precisavam provar que havia diferença entre os estilos, então confundiram a máquina misturando tudo. O “bot” de um autor deveria escrever com o estilo do autor dissecado por outro bot e assim por diante. Chegaram à conclusão de que os erros, as discrepâncias subiram muito, ou seja, tornou-se impossível para os modelos encontrarem os mesmos padrões literários entre as entidades espíritas, ou seja, Chico passou no teste da IA, pois concluíram com base nesta experiência a diferença marcante do estilo literário dos autores.

A probabilidade dele ter criado e dominado diferentes estilos não pode ser descartada, porém sua genialidade seria igualmente admirável. Admitindo-se esta simultaneidade entre mundos, não estamos justamente tratando de transcendência ou manifestação do potencial quântico contido na mediunidade? Chico detinha também o dom da Psicometria (pelo toque conhecia a vida, as memórias e os pensamentos das pessoas). Ele entrava na onda mental dos Consulentes e sabia o que haviam registrado em cartas sem mesmo abri-las, o que foi comprovado diversas vezes.

Psicografias em Luxemburguês por parte de Chico, em árabe por parte do Médium Divaldo Franco, também ressaltam os mistérios de nossas Tecnologias Espirituais, transhumanismo, muito longe de serem entendidas pelas investigações científicas e tecnológicas, que apesar de disruptivas estão prezas a padrões lineares e cartesianos, de suas visões seccionadas de uma Realidade Maior.

+leia também:

Transhumanismo: Transcendência ou Transferência?



O futuro cibernético, previsto por bilinóarios que defendem o transhumanismo, como Elon Musk, promete o Paraíso Holográfico como recompensa, agora em 2045, quando o ápice, da “Transcendência Humana” será alcançado, ou seja, a “Imortalidade”. Pretendem transferir nossas mentes para um Computador Quântico, preservando memórias, sentimentos e personalidades, o mais puro conceito de transhumanismo. Todo este medo da fragilidade biológica não seria uma enorme oportunidade para alcançarmos uma Consciência Transcendental praticada há mais de 7000 anos na Índia? Os ocidentais começam a entender o sentido quântico da vida, muito lentamente, com a crescente prática do Yoga e da Meditação.


No Contraponto entre Ciência e Espiritualidade não haveriam belas interpretações da Realidade? No entrelaçamento da Vida, o valor extraordinário da impermanência é parte de nosso ciclo de interações. Que tal resgatarmos o Uno Originário, pela via do Amor, da Compaixão, da Generosidade e da Caridade? Que tal regenerarmos nossas mentes e almas, regenerando a Terra e seus ecossistemas, direcionando os trilhões de dólares gastos em armas de destruição ou mesmo os bilhões consumidos para transformarem em bits e bytes as nossas “personalidades falhas” que ainda não alcançaram a verdadeira Consciência de nossa Unidade Cósmica? O transhumanismo já não parece tão convidativo diante destes questionamentos.

É chegada a hora das Instituições ligadas aos Direitos Humanos, as Entidades Religiosas e boa parte dos Cientistas, Filósofos, Psicólogos, Sociólogos e etc levarem a sério o que estes bilionários excêntricos da tecnologia do transhumanismo projetam para o futuro da humanidade e as sérias implicações éticas envolvidas em suas pesquisas e desenvolvimentos.

Se a Inteligência Artificial é como diz Elon Musk, a nossa Ameaça Civilizatória, ele é o novo Messias? Dependemos de sua Salvação? Ao que parece, o Darwinismo Digital insiste em nos gerar medos e impor padrões, antecipando suas vontades egocêntricas de controle sobre o Sapiens Cibernético que estão a projetar para o bom atendimento da supremacia do velho Homo-Economicus reinventado, a “Imagem e a Semelhança” de seus próprios criadores!
Namastech!

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O que são Multiversos? https://futuroterapia.com/o-que-sao-multiversos/ https://futuroterapia.com/o-que-sao-multiversos/#respond Mon, 31 Jan 2022 22:48:00 +0000 https://futuroterapia.com/?p=138042 O post O que são Multiversos? apareceu primeiro em Futurotopia.

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Lifelong Leisure – Desapegos & Escolhas https://futuroterapia.com/lifelong-leisure-desapegos-escolhas/ https://futuroterapia.com/lifelong-leisure-desapegos-escolhas/#respond Thu, 23 Sep 2021 00:12:08 +0000 https://futuroterapia.com/?p=137312 Lifelong Leisure: As escolhas que fazemos no presente determinam o que será do nosso futuro, afinal somos feitos das nossas escolhas. Só que como andamos tão ocupados e corridos, às vezes nem percebemos que as escolhas que fazemos, todos os dias, muitas vezes são inconscientes. Contudo, são essas decisões que muitas vezes definirão o nosso [...]

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Lifelong Leisure: As escolhas que fazemos no presente determinam o que será do nosso futuro, afinal somos feitos das nossas escolhas. Só que como andamos tão ocupados e corridos, às vezes nem percebemos que as escolhas que fazemos, todos os dias, muitas vezes são inconscientes. Contudo, são essas decisões que muitas vezes definirão o nosso percurso. Esse período que estamos vivendo de pandemia nos convidou a desapegar dos espaços externos, para ampliar os espaços internos e nos ensinou o quão importante é dar atenção à vida para enxergarmos com lentes diferentes o que ela nos mostra. Desapegar de algumas certezas, crenças, expectativas, inseguranças e mágoas nos ajuda a interpretar mais as nossas escolhas, usando a mente e o coração. 

ARTIGO PUBLICADO ORIGINALMENTE NO SITE ROCK IN RIO HUMANORAMA

“Não siga o passado; não se perca no futuro. O passado já não existe; o futuro ainda não chegou. Observando profundamente a vida como ela é, aqui e agora, permanecemos equilibrados e livres.”

Koan Zen¹ 

Estamos realmente vivenciando uma significativa mudança em nossa visão de mundo e nesse processo de escolhas evidenciamos que o que antes nos servia, aos poucos, está se tornando menos importante. A forma acelerada ao qual somos impactados, diariamente, pelas inovações tecnológicas, nos fez rever vários conceitos e entre eles a maneira como aprendemos e quais informações devemos realmente armazenar para melhorar as nossas habilidades, tanto no campo profissional quanto no campo pessoal. 

Ao acompanharmos o desenvolvimento de uma criança, durante a primeira e a segunda infância, observaremos que boa parte do aprendizado adquirido por ela ocorrerá durante os momentos de lazer, ou seja, através de novas descobertas e experiências vivenciadas. Por exemplo, ao jogar futebol com os amigos a criança desenvolverá habilidades de como trabalhar em equipe, que serão essenciais para a sua vida profissional na fase adulta. Ou seja, isso prova que estamos em constante aprendizado a todo o momento.  

Com a pandemia da Covid-19, o mundo e o local de trabalho mudaram. Rapidamente nos vimos obrigados a trabalhar das nossas casas, através do Home-Office, e a estudar, de forma virtual, pelo sistema EAD. O trabalho remoto proporciona às pessoas a tão sonhada liberdade de poder trabalhar de qualquer parte do mundo, ampliando os momentos de lazer que poderão ser utilizados para aprender e desenvolver novas habilidades, além, é claro, de uma melhoria na qualidade de vida. Porém, nem tudo é um “conto de fadas” e algumas questões devem ser levadas em consideração, como, por exemplo: Estou utilizando este tempo livre, de maneira proveitosa, para o meu desenvolvimento? Durante os momentos de lazer, quais são as habilidades que eu estou adquirindo? Estes aprendizados estão conectados com o meu verdadeiro propósito de vida? 

Para responder às perguntas acima, usarei como exemplo o caso do “Projeto Desbravando as Américas”², fundado pelo turismólogo carioca, Wallace Soares. No ano de 2014, ele vivenciou um conturbado período da sua vida, no qual ele se encontrou desempregado e sofrendo por uma grande desilusão amorosa, que acabou levando-o a um quadro de depressão. Para sair daquela complicada situação, Wallace tomou a decisão de utilizar o seu tempo ocioso, de forma criativa, para começar a elaborar um grande projeto de viagem, com o objetivo de ir do Rio de Janeiro ao Alasca, de ônibus.  Morador de uma Comunidade, localizada no bairro da Tijuca, ele pesquisou por maneiras econômicas para “dar vida” ao seu sonho e assim superar todas as adversidades socioeconômicas que se apresentavam à sua volta. Em junho de 2015, ele realizou a primeira etapa do seu projeto, durante o período de férias do seu novo trabalho, conseguindo viajar do Rio de Janeiro a Montevideo, com a quantia fixa de 4 mil reais, que ele havia economizado ao guardar 15% do seu salário mensal em uma poupança. Após o sucesso da primeira etapa, Wallace realizou mais três viagens, ficando cada vez mais próximo do seu objetivo de chegar ao Alasca. Ao retornar de cada etapa, Wallace percebeu que apesar de viajar a lazer, ele havia adquirido um vasto conhecimento sobre a história, a cultura e a gastronomia das cidades visitadas, como, por exemplo, aprender um novo idioma, o espanhol, devido às suas experiências vivenciadas, que estavam diretamente ligadas ao seu verdadeiro propósito de vida, além de descobrir a sua verdadeira vocação profissional. Segundo ele, os aprendizados proporcionados pelo seu projeto “Desbravando as Américas” mudaram a sua maneira de ver a vida e o mundo. Graças às suas viagens, ele se tornou escritor, tendo, atualmente, dois livros publicados com relatos das suas aventuras pelo Continente Americano, e tornou-se palestrante, com o objetivo de ajudar pessoas na quebra de tabus historicamente impostos pela sociedade, como, por exemplo: “É preciso ser rico para realizar viagens?” e “A importância das Viagens como tratamento alternativo para os males do século XXI, como a depressão e a crise de ansiedade”, entre outros. 

Aprender a aprender, desenvolver hábitos de aprendizagem positivos e melhorar o desempenho por meio da prática deliberada, durante os momentos de lazer, será um grande diferencial para os profissionais do futuro, pois serão essas habilidades que os gestores de empresas buscarão em seus funcionários. Portanto, devemos estar cientes sobre o que aprendemos, onde e quando aprendemos e, idealmente, como aplicamos este aprendizado em nossas vidas, seja pessoal ou profissional.  

No artigo passado, conversamos sobre o conceito “Lifelong Learning” que significa que a aprendizagem não se limita a uma fase específica da vida, e sim ao longo dela.  Meu convite agora é para refletir sobre um outro conceito, o “Lifelong Leisure” (aprendizado contínuo durante o lazer), que, na minha opinião, encontra-se totalmente adequado ao nosso momento atual. Para o escritor norte-americano, Robert A. Stebbinsᶟ, há atualmente três categorias de lazer: o Lazer Sério, o Lazer Casual e o Lazer Baseado em Projetos. Segundo ele, todas as categorias proporcionam aprendizados, porém de maneiras diferentes, de acordo com o perfil e o propósito de cada ser humano. Em seus livros, ele denomina as pessoas que aprendem nos momentos de lazer como Homo Otiosus (homem de lazer) descrevendo o quanto essas pessoas são fascinantes e se tornarão figuras cada vez mais importantes para os tempos atuais.  

Só que para definirmos melhor as nossas escolhas temos que aprender a ouvir a nós mesmos. Dúvidas e medos podem nos prender e nos fazer sofrer, mas quando aprendemos a nos ouvir corretamente, a direção certa aparece. Porém, como sabemos se estamos na direção certa?  Se você está em paz, está seguindo o verdadeiro caminho, pode parecer difícil, mas pessoas felizes, com sucesso, são aquelas que souberam como parar e disciplinar o seu pensamento. Este é um trabalho contínuo e toda vez que você sentir que está perdido no caminho, volte para o seu coração e redirecione a sua vida. 

Nós podemos e devemos ser mais conscientes das nossas escolhas. O poder está nas nossas mãos. Ou seja, precisamos escolher o que mais tem a ver com os nossos propósitos e o que nos traz bem-estar. Lifelong Leisure é uma interessante escolha que nos leva a evoluir! Pense nisso… 

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Futuros Regenerativos: Ideias para Adiar o fim do mundo https://futuroterapia.com/futuros-regenerativos-ideias-para-adiar-o-fim-do-mundo/ https://futuroterapia.com/futuros-regenerativos-ideias-para-adiar-o-fim-do-mundo/#respond Tue, 01 Dec 2020 19:03:32 +0000 https://futuroterapia.com/?p=11572 O mundo como conhecíamos parece desmoronar. Você sente isso? Que vivemos uma crise – não só econômica, mas da desigualdade, da realidade, da democracia, da saúde mental, do planeta? As grandes questões – sobre trabalho, consumo, economia, política, clima, desigualdade social, etc – que foram levantadas antes da pandemia continuam sem resposta e se tornaram [...]

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O mundo como conhecíamos parece desmoronar. Você sente isso? Que vivemos uma crise – não só econômica, mas da desigualdade, da realidade, da democracia, da saúde mental, do planeta? As grandes questões – sobre trabalho, consumo, economia, política, clima, desigualdade social, etc – que foram levantadas antes da pandemia continuam sem resposta e se tornaram ainda mais complexas com a percepção sistêmica das crises que vivemos. Nosso modelo de viver focado unicamente em resultados quantitativos levou a níveis extremos o planeta e os seres vivos que dele fazem parte. Para atravessar esse momento, lançamos o convite para um futuro a partir de outras formas: multicêntricas, orgânicas, não hierárquicas, diversas, potentes.

O YOUPIX Talks, simplesmente nos enche de energia ao nos convidar a descer pelas rachaduras e envisionar outras formas de ser, estar e fazer no planeta, através do estudo vivo Futuros Regenerativos! Estudo realizado e apresentado pela equipe da White Rabbit e Futuro Possível.

Sobre o Estudo da White Rabbit e Futuro Possível:

O estudo foi estruturado e baseado no pensamento complexo e sistêmico, buscando a origem da estrutura fundacional da nossa sociedade, passando pelas crises interligadas em que estamos vivendo, o momento de transição entre histórias e os sinais de Futuros Regenerativos.

  1. Substrato: A NARRATIVA FUNDACIONAL
  2. Desintegração: RACHADURAS NA HISTÓRIA
  3. Integração: O PROCESSO DE TRANSIÇÃO
  4. Rizoma: O PARADIGMA DA COMPLEXIDADE
  5. Espero: NARRATIVA EMERGENTES

Entendendo as origens para encontrar caminhos:

”Para nutrir futuros regenerativos não precisamos criar novos mundos, mas sim resgatar vislumbres de outros mundos possíveis que já existem mas são constantemente invisibilizados pela narrativa hegemônica.”

Ailton Krenak

O quanto você ouviu falar recentemente sobre descolonização? Começamos a perceber que partimos de uma narrativa hegemônica, pautada por uma visão única de mundo do imaginário patriarcal, branca, europeu-americano cêntrico. Sem invalidar essas narrativas, e se pudermos nos permitir imaginar mais longe?

No estudo vivo “Futuros Regenerativos” que foi debruçado sobre as lúcidas e precisas palavras do filósofo Ailton Krenak, autor dos livros “Ideias para Adiar o fim do mundo” e “A vida não é útil”, escrito a partir de palestras e entrevistas realizadas durante a pandemia. Krenak faz uma crítica mordaz a essa visão de humanos que se distanciam da natureza criando ficções de futuros ultra tecnológicos e que anseiam pela “volta da normalidade”.

Essa conversa promovida pelo YOUPIX, White Rabbit e Futuro Possível é super relevante para nos inspirar e vislumbrar alternativas poderosas para os desafios em que estamos vivendo.

Segundo o estudo, parte de um dos caminhos para construir Futuros Regenerativos é educar, motivar e habilitar comunidades transformadoras, isso envolve tecer redes de pessoas com interesse voltados para o que é comum, sustentando o espaço para diversidade de pontos de vista através da capacidade de observação e comunicação sensível, tendo como base a cidadania participativa e a voz política.

Ficamos tão energizados e sintonizados com o que foi proposto nesse estudo vivo, que o Futurotopia quer ampliar esse debate e está convidando você para participar da nossa comunidade que está em formação.

Encontre pessoas que queiram continuar essa discussão. Entre na comunicadade do Futurotopia:

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A luz no fim do túnel da pandemia. https://futuroterapia.com/a-luz-no-fim-do-tunel-da-pandemia/ https://futuroterapia.com/a-luz-no-fim-do-tunel-da-pandemia/#respond Mon, 29 Jun 2020 22:54:05 +0000 https://futuroterapia.com/?p=5989 Esta publicação é uma continuação do artigo com o mesmo nome (parte I) onde a Futurista Polina Silakova faz relações de convergência entre a prática terapêutica e a prática futurista através da ferramenta de Prospectiva Estratégica denominada “Três Horizontes”. Onde foi explorado o Horizonte 1, através do uso de narrativas, a ênfase na construção da [...]

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Esta publicação é uma continuação do artigo com o mesmo nome (parte I) onde a Futurista Polina Silakova faz relações de convergência entre a prática terapêutica e a prática futurista através da ferramenta de Prospectiva Estratégica denominada “Três Horizontes”. Onde foi explorado o Horizonte 1, através do uso de narrativas, a ênfase na construção da resiliência para se passar pelo que estaria por vir, além do exercício da criatividade. Tradução por Juliana Magalhães.

Convergências entre Futurismo e Psicologia diante da Pandemia e outras incertezas: parte II (Horizontes 2 e 3).

Como usar o potencial oculto da pandemia para uma transformação pessoal.

Photo by Scott Eckersley on Unplash

Esta postagem continua explorando a estrutura “Tres Horizontes”, que se aplica à pandemia. Na última vez, falamos sobre o primeiro horizonte que se concentra na construção de resiliência. É uma base essencial para superar tempos turbulentos e para o pensamento conceitual e criativo que agora é necessário mais do que nunca. Também discutimos como as diferentes narrativas que usamos para dar sentido ao que está acontecendo, criam nossas imagens e expectativas sobre o futuro e, portanto, nos motivam a agir de maneira a moldar esse futuro em particular. A narrativa que considero útil é que a pandemia é um teste: pode nos transformar se escolhermos pela ransformação. Vamos explorar como podemos usar essa narrativa para fazer melhores escolhas pessoais para um futuro melhor.

Horizonte 2 — O túnel das escolhas

A ideia de passar em um teste, como reconhecimento de uma transformação pessoal, uma mudança no status de alguém não é nova. Durante séculos, tradições como ritos de passagem costumavam significar a transição dos membros do clã de um estágio da vida para outro. Por exemplo, a tribo Sateré-Mawé, da Amazônia brasileira, desafia seus meninos de 13 anos com o ritual denominado “iniciação à formiga-bala” como a prova de que eles estão prontos para se juntar a membros adultos da sociedade. Vinte vezes ao longo de vários meses, os meninos passam por um teste de resistência de dez minutos: usam luvas cheias de formigas-balas vivas que os picam. Como parte do desafio, eles não devem chorar ou mostrar fraqueza: ser capaz de lidar com a dor significa que se está pronto para a masculinidade.

Embora nem todos os ritos de passagem sejam tão dolorosos, todos eles têm algo em comum. Há um momento de ambiguidade e desorientação entre o início do ritual e seu fim, em que os participantes já haviam se separado de seu status anterior, mas ainda não haviam conquistado o novo status. Esse período de tempo é denominado “liminalidade” ou “espaço liminal”. O significado desta palavra latina descreve uma situação em que “o que foi” se foi, mas “o que vem a seguir” ainda é desconhecido. É quando as soluções do passado não são mais eficazes, as novas soluções ainda não são conhecidas e é difícil dizer quando essa incerteza acabará. É como se mover ao longo de um túnel escuro: sentindo-se um pouco claustrofóbico, sem saber quanto tempo teremos para permanecer neste lugar perturbador e até mesmo se veremos a luz no final. Soa familiar? Isto se assemelha ao segundo horizonte da pandemia: a Grande Pausa.

Todos nós já estivemos em um espaço liminar antes da pandemia. Seja ao deixar um emprego sem ter uma alternativa, ao terminar um relacionamento ou numa mudança para outro país — qualquer mudança na vida quando o que costumava ser a norma se foi, mas nada ainda preencheu o espaço. O novo normal não se formou, você não entendeu as regras do jogo (ou não as estabeleceu). Apesar do desconforto da incerteza, o espaço liminar é cheio de potencial oculto. Ele nos oferece a escolha: transformarmo-nos até o outro lado do túnel ou apenas transitarmos para o outro lado, carregando nossos velhos hábitos conosco, permanecendo imunes à mudança?

Se a pandemia é o rito de passagem da humanidade, nos testando se passamos de um estado adolescente para uma idade adulta mais consciente, como saberemos se passamos no teste? Como podemos mudar da atitude do “-me dá!”, adolescente, para relacionamentos mais maduros com os outros e com o planeta, assumindo nossas responsabilidades de tutela e governança, mostrando empatia e compaixão? Será que desta vez, apesar de todas as tristezas que nos trouxe, a pandemia significa um presente para nossa civilização, levando-nos a pensar nas perguntas que há muito esperavam ser respondidas:

. Eu ou nós?

· Crescimento ou o planeta?

· Hoje ou amanhã?

· E, mais importante, como podemos passar de “ou” para “e”?

Vamos abraçar a incerteza e seguir em frente através do túnel ou vamos nos virar e voltar aos velhos hábitos? O segundo horizonte é quando algumas de nossas ações resistem às mudanças, tentando restabelecer o antigo normal, algumas nos ajudam a nos adaptar às mudanças e outras reorganizam as estruturas e sistemas atuais, oferecendo vislumbres em um futuro alternativo. E cabe a nós quais desses fatores de mudança apoiaremos.

Aqui está como o Horizonte 2 da pandemia se parece na prática:

with thanks do Brenna Quinlan

Horizonte 3 — Do outro lado do túnel

Como as escolhas coletivas são uma soma de nossas decisões individuais, como podemos fazer uma escolha melhor em nível individual? Graças à nossa visão para o terceiro horizonte podemos projetar para o outro lado do túnel as imagens do futuro que queremos ver lá. Manter essas imagens em mente enquanto estamos no túnel, enquanto temos a opção de avançar ou voltar, faz do “espaço liminar” um lugar de enorme potencial.

Para que as imagens do nosso futuro preferível sejam eficazes para nos ajudar a nos aproximarmos da melhor versão melhor de nosso futuro, elas precisam ser específicas. Ninguém jamais foi motivado pelo visual de uma névoa ou de uma foto pixelizada. As imagens precisam ser tão específicas ao ponto que possamos senti-las. Dessa forma, nossas emoções farão o que tiver que ser feito e nos proporcionarão o “agenciamento” (referente ao Horizonte 1), de que precisamos, para seguir adiante. Para desenvolver essas imagens motivadoras, continuemos a fazer perguntas:

· Quais valores são importantes para você? Como você pode permanecer fiel a eles, mais do que nunca, e priorizar o que é realmente importante para você todos os dias? Se você valoriza o desenvolvimento pessoal, isto é algo com o qual você pode iniciar seu dia?

· Quais visões de mundo e suposições sobre como deve ser o futuro que você deseja provocar? Como você pode provocar em si mesmo essas suposições, experimentando novas abordagens?

· Como você pode alavancar seus pontos fortes para criar mais valor para os outros e prestar serviço neste futuro? Que sinais fracos sobre as necessidades do futuro ressoam em você e se alinham ao seu conjunto de habilidades?

· Quais hábitos e comportamentos antigos você deseja deixar no túnel? Quais são as suas suposições e crenças subjacentes que criam uma barreira para a mudança? Desafie-se em 21 dias a desenvolver um novo comportamento e veja sua vida mudar.

. Quais opções você priorizará? E como você pode reformular a escolha de “ou” para “e” para si mesmo, mesclando o que, no passado, poderia ter parecido impossível de misturar? Casa e trabalho / educação; distância e conexão; reciclagem e conveniência; suficiência e moderação — você escolhe!

Embora essas questões possam ser racionais, o objetivo final é sentir como é fazer essas mudanças e viver naquele futuro. Uma vez que você possa sentir o futuro, esse futuro também poderá sentir você, e você começará a receber dicas pessoais e sinais fracos que mostrarão o caminho para isso.

Considerações finais:

Embora a pandemia seja um teste ao sistema de saúde e à saúde de todos os indivíduos, ela não deve ser medida apenas em aspectos positivos e negativos. Não se trata apenas de passar ou falhar. É sobre como passamos por isso e se nos transformamos como resultado. Como os meninos da tribo Sateré-Mawé, que suportaram com êxito seu doloroso rito de passagem sem demonstrar fraqueza, coletivamente, podemos transformar e passar para um estágio mais maduro da civilização. Ou podemos optar por reforçar velhos hábitos e apenas fazer a transição para a idade adulta sem a transformação subjacente. A escolha é guiada por nossos valores, nossas imagens do futuro e nossa disponibilidade para trabalhar em nossa imunidade arraigada à mudança.

O custo da pandemia é algo que nunca poderíamos nomear, pois nenhum preço pode ser colocado na vida humana. Mas a pandemia também é um presente — se pudermos usá-la para aprender nossas lições e nos transformar nos níveis individual, coletivo e civilizacional.

O túnel para a Psicoterapia:

A passagem por um túnel também pode ser utilizada como metáfora para o processo pelo qual o paciente/cliente passa, junto com o terapeuta, enquanto em terapia. Dentro deste túnel ou, em outras palavras, em terapia, o cliente passa de uma fase “ordenada” (ou já “desordenada”) anteriormente, para uma fase de relativa desordem para posterior reorganização. Este processo é denominado de “fase de transição”, termo oriundo das ciência da Complexidade, utilizado para sistemas adaptativos complexos e aplicado desde a organismos e indivíduos até organizações e sociedades, incluindo ao campo da Psicologia, a partir da década de 80 e, principalmente, a partir de 1991, quando da criação da Society for Chaos Theory in Psychology and Life Sciences em São Francisco, EUA . Durante a “fase de transição” para o futurismo, ocorrem emergências de possiveis futuros e para a terapia ocorrem emergências de novas capacidades no paciente/cliente . Uma das emergências na terapia é a capacidade de “auto-observação” em que o paciente/cliente adquire, a partir do processo de introjeção de parte da fução do terapeuta, a capacidade de “auto-observação”. Enquanto no Horizonte 2 aplicamos técnicas de estudos de futuros para explorar as mudanças e seus impactos, no Horizonte 3 treinamos e ensaiamos para a saída do túnel.

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Você não existe https://futuroterapia.com/voce-nao-existe/ https://futuroterapia.com/voce-nao-existe/#respond Fri, 05 Jun 2020 23:07:30 +0000 https://futuroterapia.com/?p=5802 Você não existe.E eu também não.Tudo que tem nessa vida é fruto da imaginação.A realidade surge na nossa ligação.Suas ideias emanam a luz de toda a criação. Todo movimento surge no inconsciente.Se engana o que acredita controlar a própria mente.Guiado a cada passo à um destino bem maior.Seu eu superior lhe acompanha, você nunca anda [...]

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Você não existe.
E eu também não.
Tudo que tem nessa vida é fruto da imaginação.
A realidade surge na nossa ligação.
Suas ideias emanam a luz de toda a criação
.
Todo movimento surge no inconsciente.
Se engana o que acredita controlar a própria mente.
Guiado a cada passo à um destino bem maior.
Seu eu superior lhe acompanha, você nunca anda só.
Eu e você somos um só
.

Essas palavras bem colocadas faz muito sentido para quem estuda um pouco de física quântica, budismo ou já tomou ácido e ou já viu essa entrevista do Elon Musk .

Para entrar na onda desse artigo, sugiro você usar a imaginação. Gostaria de apresentar uma artista que me chamou a atenção por conta da profundidade dessa letra. Aos poucos fui descobrindo e amando as facetas de…

…Potyguara Bardo:

Assim como muitas drags mais jovens, Potyguara se inspirou em RuPaul’s Drag Race e ali enxergou uma forma de, sem amarras, mostrar sua arte. “Percebi que era uma plataforma na qual poderia exercer todas as minhas facetas artísticas. Eu me dirigiria e escreveria para mim mesmo e atuaria aquelas falas que eu mesmo escrevi,” completa.

Seu nome artístico vem em parte do livro A Experiência Psicodélica, de Timothy Leary. Nele, o autor se baseia no O Livro Tibetano dos Mortos, usado cerimonialmente em rituais fúnebres do budismo do Tibete há séculos. Ali, a artista se deparou com o termo “bardo”, que são estágios da experiência psicodélica, e percebeu que a descrição daquele primeiro estágio se parecia muito com uma experiência psicodélica que havia tido anteriormente. “Foi algo incrível e aí eu senti que precisava falar sobre essa morte do ego”. Já o Potyguara está relacionado com o Rio Grande do Norte, local no qual nasceu. O nome vem do grupo indígena brasileiro que desde o século XVI habita trechos do litoral do Nordeste. Fonte Wikipédia

Eu me divirto com essa música:

Eu não falo francês não, but I can if you’d like it.

Atual, leve e divertida. Com charisma, uniqueness, nerve and talent, posso dizer que virei fã da Bardo.

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E Agora Futuro? 8 Talks sobre Futuros Pós-Covid19 https://futuroterapia.com/e-agora-futuro-conversas-de-futuros-pos-covid19/ https://futuroterapia.com/e-agora-futuro-conversas-de-futuros-pos-covid19/#respond Wed, 03 Jun 2020 19:26:20 +0000 https://futuroterapia.com/?p=5731 Oito encontros transformadores para imaginar e construir novas realidades nos campos profissionais, pessoais e existenciais – tendo como oportunidade essa pausa histórica, aceleradora de mudanças. O futuro nunca foi tão incerto como agora. Ou pelo menos perdemos a ilusão da segurança e das certezas. A crise provocada pela Covid-19 é um ponto de mutação, é daqueles [...]

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Oito encontros transformadores para imaginar e construir novas realidades nos campos profissionais, pessoais e existenciais – tendo como oportunidade essa pausa histórica, aceleradora de mudanças.

O futuro nunca foi tão incerto como agora. Ou pelo menos perdemos a ilusão da segurança e das certezas.

A crise provocada pela Covid-19 é um ponto de mutação, é daqueles acontecimentos históricos que modificam o rumo de economias, de valores, de comportamentos. Pela primeira vez temos a possibilidade de nos responsabilizarmos conjuntamente, sistemicamente, pelo futuro que queremos percorrer.

O futuro não existe, até o momento em que é criado. Existem futuros. O futuro é plural, pode ser antecipado e escolhido.

Escolheremos o isolacionismo, a competição, o totalitarismo, a xenofobia, o determinismo tecnológico e a cegueira de que dinheiro é a mesma coisa que riqueza real?

Para melhorar nossas escolhas, é preciso entender as mudanças e nos anteciparmos a elas!

O vírus e o confinamento nos colocam diante de nós mesmos, como um espelho de nossas dores, de nossas próprias restrições, mas também de nossos talentos e habilidades. É momento de discutirmos os futuros…



Sabina Deweik, pioneira em cool hunting no Brasil, caçadora de tendências, futurista, responsável por trazer para o Brasil o renomado e pioneiro Future Concept Lab de Milão, educadora, coach ontológica e jornalista de formação.


Rosa Alegria, futurista profissional há 20 anos e pioneira em estudos do futuro no Brasil, CEO do Projeto Millenium no Brasil, Diretora do Teach The Future No Brasil.

COMO FUNCIONA?

Onde? Encontros de 1h30 via plataforma Zoom Meeting

Quando? Uma vez por semana, às terças-feiras, das 9 às 10h30

Datas dos encontros: 09.06, 16.06, 23.06, 30.06, 07.07, 14.07, 21.07, 28.07

TEMAS:

Dia 23.06 – Desafios Globais e as Oportunidades dessa Transição
Dia 30.06 – Macrotendências e Sinais de Mudanças
Dia 07.06 – Futuro do Trabalho e as Novas Profissões
Dia 14.06 – Negócios Regenerativos e Consumo na Pós Sustentabilidade
Dia 21.07 – Educação para as Próximas Décadas
Dia 28.07 – A Revolução Intergeracional
Dia 04.08 – Futurismo Aplicado aos Negócios
Dia 11.08 – Futurismo Aplicado ao Desenvolvimento Pessoal

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ECOSSISTEMA ORGÂNICO: Saindo dos sistemas rígidos para finalmente ser humano. https://futuroterapia.com/ecossistema-organico/ https://futuroterapia.com/ecossistema-organico/#respond Wed, 20 May 2020 15:12:21 +0000 https://futuroterapia.com/?p=5230 ECOSSISTEMA ORGÂNICO Este artigo está sendo escrito em uma noite de domingo. Uma noite de domingo. Seguimos isolados em função da pandemia COVID19. Sinto a necessidade de pontuar este momento, pois todo meu pensar e as reflexões que trago partem deste lugar apoiadas por um repertório que já observo e analiso faz tempo. Estamos isolados [...]

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ECOSSISTEMA ORGÂNICO

Este artigo está sendo escrito em uma noite de domingo. Uma noite de domingo. Seguimos isolados em função da pandemia COVID19. Sinto a necessidade de pontuar este momento, pois todo meu pensar e as reflexões que trago partem deste lugar apoiadas por um repertório que já observo e analiso faz tempo. Estamos isolados em uma época de isolamento global, o Planeta está recolhido. Outro dia, enquanto escutava um podcast sobre a Teoria Integral de Ken Wilber, o interlocutor comentava sobre a “crise integral” que estamos experimentando, provavelmente a primeira em tamanha dimensão nos tempos modernos. Estamos vivendo a transitoriedade de forma intensa e jamais projetada anteriormente. Estamos vivendo a mudança. Estamos vivendo a oportunidade de fazer um “reset” no sistema. É sobre este momento que estou a refletir. Sinto que é mais que um “reset“.

Hoje pela manhã, assim como aconteceu outro dia, ficamos sem wi-fi aqui em casa. A recomendação da operadora foi tirar o roteador da tomada, aguardar 5 minutos e somente depois ligar novamente para “Re-Estabelecer” a conexão. Penso nestes 5 minutos fora da tomada. Penso nestes 5 minutos “unplugged“. Enquanto o wi-fi não volta eu me conecto comigo, qualquer semelhança desta minha “Re-Conexão” com o que estamos todos vivendo é mera coincidência, ou não. É como a música do Raul Seixas que fala no dia em que a Terra parou, a diferença é que o roteador ficou 5 minutos desligado, na música foi somente 1 dia (e foi uma eternidade), e o que estamos vivendo são absurdos mais de 45 dias, em alguns locais se fala em 60 ou mais dias de isolamento. Absurdos, necessários, nem tanto, talvez sim, quem sabe até mais. Não é esta a questão que trago. O que trago são questionamentos, reflexões. Pra onde estamos indo? Seremos diferentes mesmo que sendo os mesmos? O que faremos? Qual a oportunidade? Quais serão as marcas, as cicatrizes? Como estaremos quando isso tudo passar? Trago também um olhar sobre os impactos, os efeitos desses impactos, as reações das pessoas aos efeitos dos impactos e por fim, o que podemos fazer?

Já faz um certo tempo que eu venho com a sensação e o pensamento de que há uma nova Era emergindo. Já lí e já escutei diversas abordagens sobre esta questão. Algumas pessoas fazem de tudo para nutrir este novo campo que chega, que emerge, que se manifesta. Um campo que propõe atitudes mais colaborativas, maior inclusão, empatia, um olhar integral do Ser Humano e a ampliação da consciência. Outros, fazem de tudo para impedir que esta nova Era chegue, atuam de forma a manter o status quo, manter o modelo estrutural de comando e controle com o qual estamos acostumados em diversos ambientes como na escola, na família, na religião, nas relações afetivas e nas organizações. Estamos isolados, muitos que podem estão em suas casas. Agora, neste exato momento em que reviso este artigo o mundo contabiliza 4.371.611 casos e 297.682 mortes. O Brasil já tem 192.081 casos registrados com 13.276 mortes (dados de quinta-feira, 14 de maio de 2020 – Fonte Wikipédia). Estamos vivendo as regras do isolamento. Alguns chamam de confinamento. Quem pode, fica em casa. Muitos não podem, não devem ou não querem.

Não estamos falando de uma espécie de Ctrl + Alt + Del a fim de reiniciar o sistema. Não vamos reiniciar o sistema. Também não se trata de uma troca de sistemas ao estilo que ocorre em ambientes organizacionais, quando se troca apenas este por aquele outro. Não é uma troca de nomes ou de marcas de sistemas que fazem mais do mesmo com diferentes melhorias aqui ou alí. Não trata-se exatamente de atualizar o app na sua loja virtual para uma correção de “bugs” ou acréscimo de funcionalidade. Creio que não estamos falando de um ajuste ou de melhorias. Também não paramos este tempo todo para fazer uma grande “Lean Inception (método Direto ao Ponto)” a fim de pensar novas funcionalidades para uma nova Era que emerge sem lenço e sem documento. Não é isso!

 

Meu olhar, e para o qual eu faço o convite à reflexão, é sobre a possibilidade de efetivamente estarmos migrando de um modelo de SISTEMA MECÂNICO para um novo modelo de SISTEMA VIVO ou se preferirem, ECOSSISTEMA ORGÂNICO.

LEIA TAMBÉM: O Chamado para a Liderança Regenerativa

E se de fato estamos migrando para um possível ECOSSISTEMA ORGÂNICO, é provável que ele não seja tão novo assim, afinal fazemos parte dele. A questão pode ser mais simples que pensamos. A questão, por ser muito mais simples, talvez possa ter uma certa complexidade no entendimento. Se estamos falando, de fato, de um Sistema Vivo, e sendo integrantes deste Sistema, nossa questão é de Conexão, ou quem sabe “Re-Conexão” com nós próprios, nossos semelhantes e nosso ambiente natural.

Estou falando de um lugar Caórdico por natureza. Estou falando em menos ferramentas (típico dos modelos mecânicos) e muito mais habilidades (típico dos Ecossistemas Orgânicos). O novo modelo ao qual me refiro e que chamo aqui de Ecossistema Orgânico traz em sua essência o que conhecemos por Reino Mineral, Reino Animal, Reino Vegetal, o nosso Reino Humano e todas conexões que se estabelecem.

ECOSSISTEMA ORGÂNICO

Os movimentos que emergem ao redor do Planeta proporcionam ampliar a consciência quanto a nossa interdependência. É importante percebermos que as soluções que sempre adotamos para resolver problemas de um mundo regido por princípios do Sistema Mecânico são completamente diferentes das soluções que podemos nutrir e acolher em um mundo regido por princípios do Sistema Vivo. Agora, enquanto vivemos o período “lockdown” ou “unplugged” como me referi anteriormente, podemos constatar um verdadeiro “Re-Estabelecer” do Sistema Vivo, há um “Re-Equilíbrio”. O que faremos com tudo isso que estamos percebendo? Quanto isso tudo nos afeta? Quais atitudes nos apoiam? Quais habilidades vamos desenvolver? Como vamos sair dessa?

Percebo que já estamos em um momento pós-digital, pós-VUCA e em breve viveremos o pós-COVID. Não há mais espaço para o olhar rígido, hierárquico, escasso e completamente preso em paradigmas sociais, organizacionais e estruturais fundamentados em modelos arcaicos mecânicos.

Estamos migrando para uma nova fase de estruturas sociais e organizacionais, uma nova fase de olhar para recursos, uma nova fase de processos, uma nova fase de relações, uma nova fase de identidade onde honraremos todos aprendizados do passado paradoxalmente apoiados por um incluir, sustentar, anfitriar e nutrir um novo modelo que emerge no Planeta, um modelo que sempre esteve presente e que agora se manifesta em sua máxima intensidade, em sua máxima potência, o modelo dos Sistemas Vivos, o ECOSSISTEMA ORGÂNICO. E nós? Enfim Humanos.


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O futuro não é mais o que costumava ser. Hora de ajustes https://futuroterapia.com/hora-de-ajustes/ https://futuroterapia.com/hora-de-ajustes/#respond Wed, 06 May 2020 19:42:17 +0000 https://futuroterapia.com/?p=5149 Hora de ajustes O futuro não é mais o que costumava ser. Arthur C. Clarke A frase de Arthur C. Clarke, escritor com mais de 100 obras e inventor do conceito dos satélites de comunicação e defesa, antevisa nosso momento atual. Conhecido por sua incrível imaginação antecipatória com a obra “2001: Uma odisseia no espaço” [...]

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Hora de ajustes

O futuro não é mais o que costumava ser.

Arthur C. Clarke

A frase de Arthur C. Clarke, escritor com mais de 100 obras e inventor do conceito dos satélites de comunicação e defesa, antevisa nosso momento atual.

Conhecido por sua incrível imaginação antecipatória com a obra “2001: Uma odisseia no espaço” de 1968 que roteirizou o filme homônimo de Stanley Kubrick, um ano antes de o homem pisar na lua. Clarck considerava que o telefone celular transformaria a humanidade pelo aumento e melhoria da comunicação, com tolerância e compaixão para alcançar entendimento entre povos e nações.

Falecido em março de 2008 aos 90 anos, nove meses depois do lançamento do Iphone e no ano do sistema Android, não chegou a ver toda a transformação causada no comportamento humano com esses dispositivos em nossos bolsos e com poder computacional superior a nave que levou o homem à lua. Com uma vida longa dedicada a imaginação do futuro, se estivesse vivo provavelmente não estaria surpreso com os avanços tecnológicos em nosso presente, porém talvez questionasse os benefícios comuns distribuídos.

Olhando tudo que a humanidade já foi capaz de gerar, historicamente nunca tivemos tantos recursos disponíveis, até pouco tempo atrás a vida para a grande maioria da população mundial era desagradável, carregada de brutalidade e curta, facilmente perdida com uma simples febre.

É impossível prever o futuro, ninguém tem essa capacidade, mas é plenamente possível explorá-lo e isso se chama prospectiva. Quando vamos definir estratégias, o que fazemos não é prever o futuro e sim ensaiá-lo, e nunca é apenas um, e sim no plural com as várias possibilidades de mudança, oportunidades e riscos.

Ensaiar o futuro nunca foi tão importante como agora.

Para isso, analisamos os sinais e seus possíveis gatilhos. O trabalho não é conhecer o incognoscível mas permanecer atento e ser o primeiro a perceber as mudanças de comportamento e agir com a mesma rapidez e flexibilidade.

Diferente da fantasia que é a imaginação fora da realidade baseada na mágica, a ficção científica é baseada em ciência, influencia a ciência assim como a ciência influencia a ficção. A criatividade humana nos dá possibilidade de moldar o futuro, alterado o futuro com ação deliberada no presente, fator necessário alimentado por um sonho ou visão para um futuro diferente e desejado.

No artigo passado (ver aqui) menciono que o futuro não é uma extensão do presente, e seu passado também não determina o seu futuro. Cuidado com a armadilha da repetição de fórmulas do passado tentando obter novos resultados: o futuro usado!

O futuro é imprevisível mas não chega do nada, ele nos dá sinais porém insistimos em analisar o futuro usando as lentes do passado e constantemente somos surpreendidos com coisas que vêm ocorrendo há tempos. Pensamento e fórmulas do passado não tem aderência no futuro.

O futuro já chegou, porém o mantemos oculto por nossa insistência em distribuir o passado, aquilo que já conhecemos e nos dá a sensação de estabilidade. Não vivemos no admirável mundo novo, e sim no inexorável mundo novo, porém apesar de já estar entre nós, o futuro não foi distribuído e colhemos todas as consequências disso, principalmente agora onde os desníveis foram expostos com as fraturas do sistema.

Futuro usado não leva a lugar algum e tem muita gente esperando ‘voltar ao normal’ para seguir, haverá outro normal, apenas diferente, o novo normal, o pós-normal, e quem sair na frente traça o futuro. Quem ficar aguardando para ver o que vai acontecer ou esperando voltar tudo como era antes será obrigado a se render ao futuro imposto por outros e perder a possibilidade de moldar seu próprio futuro desejado.

O autor HG Wells (1866 / 1946) considerado o pai da ficção científica, propôs o “futurismo” como uma nova disciplina acadêmica e recentemente a Unesco, órgão das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, passou a tratar futuros como algo ensinável, uma maneira de mudar a vida das pessoas, imaginar outros cenários e mover para alcançá-los.

Contar histórias faz parte desta ‘revolução’, imaginar outras possibilidades e coloca-las como objetivos como tirar meninas do círculo vicioso da pobreza e opressão, da repetição de histórias familiares limitantes ou dar sonhos e possibilidades a meninos de populações carentes em diversas partes do mundo.

Sem intenção de fazer trocadilho com a provável origem do evento global pois sua eclosão é consequência de uma série de outros fatores, a palavra em chinês para crise possui dois caracteres e assim como em alguns outros países asiáticos, duas definições: perigo e oportunidade. Onde oportunidade é vista como mudança de tempo, momento ou chance.

Leia também: Livestreaming chegou para ficar na era pós-lockdown da China

Hora de ajustes

Se muitas vezes essa relação entre crise e oportunidade já foi feita no passado, agora pelo senso de urgência oferece nova oportunidade, o fio condutor da mudança naquilo que hoje parece desfigurado e pode ser transfigurado. Analise os cenários futuros e desejáveis e adicione iniciativas.

Tudo a nossa volta foi projetado para um mundo que não existe mais, novas estruturas organizacionais, sociais e políticas vão exigir novos profissionais, regulamentos e governança, um mundo que precisa aceleradamente satisfazer necessidades abrirá uma janela de possibilidades e experimentos com muitas forças convergentes. Muitos ainda resistirão às mudanças, porém quando tudo ‘parecer normal’ provavelmente a perspectiva mude.

Se como humanidade erramos muito, é hora de ajustes, da limpeza. O tempo de amadurecimento da humanidade chegou, onde o ser humano, sendo humano, remove negação e a nossa resistência coletiva à mudança quando adiciona transparência que confere confiança.

Entende assumindo a responsabilidade individual e coletivamente, inserindo empatia, cooperação e cocriação sistêmica em uma mudança transformacional, algo novo, que nunca se viu antes, ou “Se eu não mudar a direção, terminarei exatamente onde parti.”, como no provérbio chinês – coincidentemente!

Encontraremos o caminho. Entre a visão utópica e a distópica do mundo está o humano, e este é o caminho.

É preciso sair da ilha para ver a ilha. Não nos vemos se não saímos de nós.

José Saramago

Future-se! por Paulo Gianolla


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[EVENTO]: New Mega Vírus, Old-New Mega Trends. Tempo de aceleração de tendências e comportamentos https://futuroterapia.com/evento-new-mega-virus-old-new-mega-trends-tempo-de-aceleracao-de-tendencias-e-comportamentos/ https://futuroterapia.com/evento-new-mega-virus-old-new-mega-trends-tempo-de-aceleracao-de-tendencias-e-comportamentos/#respond Thu, 23 Apr 2020 19:36:29 +0000 https://futuroterapia.com/?p=5093 O mundo já vinha mudando a passos largos. A revolução digital, os comportamentos das novas gerações, o surgimento de start-ups, a nova liderança, a questão ambiental, demográfica, entre outros temas, demandavam já atitudes inovadoras por parte de empresas, organizações e indivíduos.  “O mundo mudou, e aquele mundo (de antes do Coronavírus) não existe mais. A [...]

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O mundo já vinha mudando a passos largos. A revolução digital, os comportamentos das novas gerações, o surgimento de start-ups, a nova liderança, a questão ambiental, demográfica, entre outros temas, demandavam já atitudes inovadoras por parte de empresas, organizações e indivíduos.

 “O mundo mudou, e aquele mundo (de antes do Coronavírus) não existe mais. A nossa vida vai mudar muito daqui pra frente, e alguém que tenta manter o status quo de 2019 é alguém que ainda não aceitou essa nova realidade”.

Atila Iamarino, biólogo e virologista

Com a disseminação do Coronavírus, alguns comportamentos se aceleram, outros emergem, configurando um novo “modos operandi” mundial. Mudanças em curso, que o mundo levaria décadas para passar, agora estão sendo implementadas por necessidade e urgência em tempo recorde.

Pensar em como trabalhar, viver, consumir, se relacionar nos novos tempos é essencial. Aquele normal não existe mais.

Estamos vivendo um “Novo Normal”.

O momento é de construção de uma narrativa global de futuro unificadora. 

Vamos juntos aprender a lidar com esse novo normal?

Participe do Webinar: New Mega Vírus, Old-New Mega Trends. Tempo de aceleração de tendências e comportamentos, com Sabina Deweike – Caçadora de tendências, futurista, pesquisadora de comportamento e coach ontológica.

Saiba mais: www.instagram.com/sabina.deweik

Quais são os temas do Webinar? :

_ Contexto de Mundo

Contexto Pré Corona e mudanças com a pandemia.

_ As Cidades Inteligentes

Como criamos novas maneiras de resolver as questões que impactam a vida da população de maneira efetiva, sustentável e disruptiva? Com o coronavírus, a reflexão ganha ainda mais força já que existe uma forte correlação entre a pandemia e a densidade populacional humana.

Nossa casa, nosso bunker

O Mundo virou nossa casa. A casa nosso bunker, nosso refúgio. Nessa dinâmica os espaços público e privado se misturam. Emerge nossa vulnerabilidade. Desaparece a fragmentação de nosso ser profissional e pessoal.

_  Desmaterialização do trabalho e da educação: Home Office/ Home schooling

Desmaterialização significa diminuir a nossa dependência de recursos físicos. Agora mais do que nunca acessamos um experimento em massa do trabalho remoto, diminuindo custos e acessando nossos recursos internos.

High Tech & High Touch

Com a aceleração da tecnologia remota, retornamos ao mundo virtual e tecnológico, desta vez, aprendendo quais são as reais necessidades humanas.

Consumo Low

Confinados em casa com a possibilidade de consumir apenas o essencial, as pessoas começam a se dar conta do que realmente importa.

_ Do Ego para o Eco

O vírus torna-se catalisador da morte do egoísmo e o despertar da solidariedade, da hiper colaboração. 

_ No Planet B

 O vírus nos mostra que é possível encontrar alternativas para cuidar de nossa mãe Terra.

_  Auto Suficiência

Sobre como a independência leva as pessoas a uma posição na qual, ao invés de apenas cruzar os dedos e esperar que os líderes façam um bom trabalho nos protegendo, você pode manter alguma influência sobre seu próprio destino e o de seus entes queridos.

Life Long Learning 

O aprendizado formal que já não dava mais conta de atender o novo mundo, agora fica mais importante. Ganha atenção às experiências de aprendizado atraentes e eficazes que atendam pessoas onde quer que estejam, geograficamente, temporalmente ou intelectualmente.

_ Para encerrar: Bate Papo com Rosa Alegria

Vamos debater juntas o futuro e qual a visão de mundo para o amanhã.

INGRESSOS AQUI:

LEIA TAMBÉM:

1) 4 Cenários Possíveis Para o Mundo Pós-Crise do Corona Vírus.

2) As Marcas e o Novo Futuro.

Sobre Sabina Deweike

Pioneira em cool hunting no Brasil, Sabina é proprietária da Sabina Deweik Think Forward, empresa cujo propósito é entregar inovação através de palestras, workshops, pesquisas ou consultorias, utilizando a observação de tendências e comportamentos e metodologias disruptivas como base de seu trabalho.
Nos últimos 18 anos atuou em inúmeros projetos, palestras e treinamentos para empresas de renome.Foi diretora e responsável pela abertura de mercado no Brasil, do renomado Future Concept Lab , instituto de pesquisa de tendências e consultoria estartégica com sede em Milão, Itália.

Formada em jornalismo pela PUC-SP, tem mestrado em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e Mestrado em Comunicação de Moda pela Domus Academy, de Milão. Foi diretora no Brasil do renomado Future Concept Lab, instituto de Pesquisa de Tendências e consultoria estratégica com sede em Milão, Itália. É também Coach Ontológica certificada pela Newfield Network do Chile, membro da ICF, atuando em processos de desenvolvimento humano. Implementou o curso de cool hunting no IED de São Paulo e hoje ministra um curso online pela Escola São Paulo (www.Futurotopia/cursos/cool-hunting-com-sabina-deweik/). Deu aulas na FAAP, no Instituto Mauá de Tecnologia e atualmente também ministra aulas na Sala de Cultura, ecossistema voltado a acelerar a inovação para profissionais, Fundação Dom Cabral e outras. Participa de inúmeras palestras pelo Brasil e representa o grupo italiano Nextatlas, plataforma de leitura de tendências a partir do conteúdo de mídia social e big data.

Sobre Rosa Alegria

Futurista profissional há 20 anos e pioneira em estudos do futuro no Brasil, Rosa é referência internacional pela visão sistêmica do que é inovação.  Consultora de planejamento prospectivo e palestrante internacional, está entre as mulheres futuristas mais reconhecidas da América Latina.

conheça mais sobre Rosa Alegria::

. Além de palestrante e consultora, é pesquisadora de tendências em diversos setores da economia; palestrante e consultora internacional; facilitadora de processos de inovação através de aplicação de metodologias prospectivas que integram futurismo e com experiências imersivas e multissensoriais.

. CEO do Projeto Millennium no Brasil, Diretora Geral da plataforma de educação Teach the Future e cofounder da startup Pangera – mundo sem idade, Coordenadora acadêmica da inédita Certificação Internacional em Foresight Estratégico no Brasil. Autora de diversas publicações e estudos relacionados ao futuro. Editora do Journal of Futures Studies para a América Latina.


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